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domingo, 25 de setembro de 2011

O ICONÓGRAFO.



É o autor de ícones que significa “aquele que escreve ícones”. No passado, o iconógrafo era geralmente um monge familiarizado com a vida espiritual: na oração, no silencio, na ascese[1], no jejum. Ele mergulhava no mundo ultraterreno para melhor exprimir o rosto e o mistério. Como modelo exemplar de monges iconógrafos temos: Andrei Rublev e Dionísio de Furná.
             O primeiro pintor de ícones que se recorda, foi Santo Alípio, do sec. XI, considerado o pai da iconografia russa. Na Rússia temos os melhores iconógrafos no século XIV e XV: Teofanes, o Grego; Andrei Rublev e Dionísio.
            Em nossos dias não há uma exigência de que seja o iconografo seja um monge, mas que seja intimamente ligado à sua Igreja local e que tenha uma vida íntima de oração. Sem a oração, iconografo morre para o mundo espiritual mesmo que possua a técnica do ícone sua obra seria sem alma. Enquanto executa a obra o iconografo deve mentalmente, invocar ininterruptamente o nome de Jesus em breve oração.
            O melhor jejum para o iconografo é o da visão, pois, conforme o dizer popular: “os olhos são as janelas da alma”, é pelo sentido da visão que se pode entorpecer diretamente a alma pura. Nesse sentido a busca pela face do Senhor conforme o salmista: “Tenho os olhos sempre fitos nos Senhor” (Sl 24,15).
            A pessoa que cria imagem de culto não é um artista no nosso sentido. Não cria, mas serve à presença, contempla. A imagem de culto contém algo. Estando em relação com o dogma o sacramento, a realidade objetiva da Igreja. O artista de imagens de culto requer uma missão por parte da Igreja. Seu serviço será um ministério.

SANTIFICA A VISÃO E O INTERIOR, FORTALECENDO NO SEU OFICIO DE ESCRITOR DA IMAGEM SACRA.


[1] Ascese (do grego ἄσκησις, derivado di ἀσκέω, “exercitar”) consiste na prática da renúncia do prazer ou mesmo a não satisfação de algumas necessidades primárias, com o fim de atingir determinados fins espirituais.

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