Toda verdadeira obra de arte fala de Deus. Não apenas pelo conteúdo, mas por acender em nós o desejo de uma beleza mais alta. Assim reflete D. Marcos Barbosa o.s.b., em seu artigo "A Arte Sacra", e continua citando Baudelaire: "a nossa natureza, exilada no imperfeito, desejaria apoderar-se imediatamente, na terra mesmo, do paraíso revelado".
Há obras de arte, porém, que expressam abertamente o tema divino; são chamadas de arte religiosa ou cristã. Dentro desta "categoria" é que se encontra a arte sacra.
Grandes artistas pintaram temas religiosos ao longo de suas vidas, como é o caso de Miguelangelo, Rouault, Caravaggio, entre tantos outros. Mas, perguntaríamos: o Cristo crucificado, de Salvador Dali, deveria ser colocado dentro de uma igreja? De modo nenhum. Aqui nos deparamos com a tênue linha que separa a arte religiosa da arte sacra.
A arte sacra não é somente uma obra de arte, e não ainda uma obra de arte cristã, mas uma obra de arte litúrgica! Aqui está o ponto central e decisivo para a escolha da iconografia, ou seja, das imagens e pinturas que compõem o espaço sagrado, a igreja. A arte sacra está voltada ao culto.
A igreja não é museu, nem depósito de imagens, mas um lugar vivo onde o Sagrado se manifesta, onde a comunidade se reúne para celebrar a presença de Deus em seu meio. A liturgia, centrada na Trindade, deve atrair os fiéis e envolvê-los nesta atmosfera de Jerusalém celeste. Daí a pergunta: as imagens, as pinturas, os painéis das igrejas contribuem para unificar a liturgia, para levar ao centro? Ou contribuem para a dispersão, para a distração dos fiéis?
Há obras de arte, porém, que expressam abertamente o tema divino; são chamadas de arte religiosa ou cristã. Dentro desta "categoria" é que se encontra a arte sacra.
Grandes artistas pintaram temas religiosos ao longo de suas vidas, como é o caso de Miguelangelo, Rouault, Caravaggio, entre tantos outros. Mas, perguntaríamos: o Cristo crucificado, de Salvador Dali, deveria ser colocado dentro de uma igreja? De modo nenhum. Aqui nos deparamos com a tênue linha que separa a arte religiosa da arte sacra.
A arte sacra não é somente uma obra de arte, e não ainda uma obra de arte cristã, mas uma obra de arte litúrgica! Aqui está o ponto central e decisivo para a escolha da iconografia, ou seja, das imagens e pinturas que compõem o espaço sagrado, a igreja. A arte sacra está voltada ao culto.
A igreja não é museu, nem depósito de imagens, mas um lugar vivo onde o Sagrado se manifesta, onde a comunidade se reúne para celebrar a presença de Deus em seu meio. A liturgia, centrada na Trindade, deve atrair os fiéis e envolvê-los nesta atmosfera de Jerusalém celeste. Daí a pergunta: as imagens, as pinturas, os painéis das igrejas contribuem para unificar a liturgia, para levar ao centro? Ou contribuem para a dispersão, para a distração dos fiéis?
É uma pergunta simples, mas que pode trazer luzes sobre como devemos compor nossos espaços sagrados. Pois podemos incorrer no erro de colocar obras de arte nas igrejas sem que estas sejam sacras; como também, no outro extremo, vemos muitas imagens em série dentro das igrejas que nem são consideradas como arte.
Todo o espaço sagrado deve contribuir para que Cristo seja evidenciado. Ele é a imagem visível do Deus invisível, como diz São Paulo. Que tudo seja por Cristo, com Cristo e em Cristo, como repetimos todos os domingos na liturgia eucarística.
Na verdade, tudo que compõe o espaço sagrado deveria apontar para esta única realidade: estamos reunidos em nome da Trindade. Assim, as músicas, as vestes, os gestos, as peças do altar, o incenso, as pessoas... tudo deveria convergir em Deus, sem dispersão. Não vivenciaríamos mais profundamente a liturgia?
Fernanda Oliveira da Costa - consagrada na CSV
Publicitária, pós-graduada em Liturgia e Arte Sacra