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sábado, 29 de março de 2014

ASCENSÃO DO PROFETA ELIAS II Reis 2, 11.


ASCENSÃO DO PROFETA ELIAS
IIREIS 2,11.

O nome Elias, significa “Yaveh é Deus” ou “Yaveh é meu Deus”, já expressa seu caráter e sua função na história bíblica, trata-se do primaz dentro no monoteísmo de Yaveh.
É aquele quem mantém a fé em Yaveh entre o povo e quem luta com vigor pelos Seus direitos. Sua árdua luta contra o sincretismo religioso e deste profeta que “parecia de fogo e cuja palavra era um forno acesso”, uma figura de primeira linha na sucessão das Alianças. O Eclesiástico (48,1-11) canta suas glórias e os livros de Reis nos contam sua vida de forma ampla, distinguindo-se dois ciclos: “o ciclo do Elias (IReis. 17 – IIRs.1) , que se centra na atividade do profeta, e o ciclo de Eliseu” (IIRs. 2-13) que começa o arrebatamento de Elias, momento em que Elizeu o sucede. Chegando ao fim de sua vida, Elias deixa Gálgala e seguido de Eliseu e de um grupo de profetas fazendo paradas em Betel e Jericó, chega até o Jordão atravessando o rio a pé enxuto, ao dividir as águas com seu manto. Apenas Eliseu, destinado a sucedê-lo é quem o acompanha. O fim misterioso de Elias se descreve como um arrebatamento por um carro de fogo (IIRs. 2-13). Desta descrição se originou a antiga crença hebraica de que o profeta haveria de regressar antes do “Grande dia de Yaveh” o da “parusia” do Messias, encontrando eco em Mc. 6,14-16; 9,11; Lc. 9,7.
O prudente parecer expressado por Flavio Josefo (Ant. IX, 2, 2: “Elias desapareceu dentre os homens e, até o dia de hoje, nada se sabe sobre sua morte) , e sobre tudo a atitude de Jesus relata os Evangelhos, nos leva a considerar a descrição do arrebatamento de Elias como um caso de êxtase profético de Eliseu para significar a especial assistência divina na morte do profeta. Na realidade, o fim de Elias está descrito tal com apareceu aos olhos de Eliseu IMac. 2, 58 que foi o único que presenciou.
O mesmo verbo lagah (=tomar), usado para indicar o arrebatamento de Elias, expressa em outros lugares a intervenção de Deus na morte serena do justo (Gen. 5, 24; Salmo 49, 16; Is.53,8.

Na transfiguração de Jesus no Tabor, Elias aparece junto a Moisés Mc. 9,2-8; Mt. 17,1-8; Lc. 9,28-36 também favorecido por uma teofania do Sinai. Elias já esta unido a Moises na Antiga Aliança, da qual um é o legislador que a pactua e o outro o profeta que a conserva intacta e pura. A presença de ambos no Tabor vem a testemunho na antecipada exaltação de Jesus, que a nova Aliança é o coroamento da Antiga. 

domingo, 23 de março de 2014

As Miróforas


SIGNIFICADO DO ÍCONE DAS MIRÓFORAS
As mulheres Miróforas (que levam a mirra) vão ao sepulcro.

“Ao amanhecer as Miróforas, tomando consigo os aromas, foram ao sepulcro do Senhor e notaram coisas que não esperavam, pasmas ao ver a pedra removida, diziam umas às outras: onde estão as lacres do túmulo? Onde estão os guardas que Pilatos enviou por precaução? Mas seus temores cessaram ao ver o resplandecente anjo dirigir-se a elas dizendo: por que buscais em pranto Aquele que está vivo e vivifica o gênero humano? Cristo, nosso Deus onipotente , ressurgiu dos mortos e dá a todos nós a vida imortal, a iluminação e a grande misericórdia.
O ícone tem a largura de 40 cm de largura por 49,7cm de altura.
As faixas encontradas no tumulo são semelhantes às encontradas na natividade de Jesus Cristo.
As asas apontam para o céu.
As montanhas são as colinas de Jerusalém.
As montanhas mais claras e menores, situadas atrás do muro de Jerusalém, representam a vida terrena e o Antigo Testamento. As mais escuras e maiores, começando atrás e vindo para frente do muro, representam o Novo Testamento e a vida espiritual.
O tamanho do ícone original é de 50 cm de largura por 80 cm de altura.
Este ícone é o resultado de uma composição de outros ícones de Miróforas.
É um Ícone Pascal que representa a renovação da vida, não fazendo parte da tradicional iconostase, no entanto é muito importante. É colocado para veneração no sábado da semana que antecede o domingo de pascoa e celebrado no domingo de Pascoa.
A cena é o momento da Escritura Bíblica registrada nos quatro Evangelhos: Mt. 1,10; Mc. 16,1-13; Lu. 24,1 e João 20, 1-2.
Nos quatro Evangelhos narram o episódio, mas Marcos e Lucas fazem questão de nomeá-las: Maria Madalena, Salomé, Joana, Marta, Maria irmã de Lázaro e Maria mãe de Tiago (Mc 15:40 e Lc 24:10).
As mulheres estão entrando na tumba. O sepulcro não é descrito de maneira hebraica. Quando elas entram o anjo disse: “não tendes medo Jesus Nazareno, o crucificado ressuscitou, não está mais aqui”. Esta afirmação do anjo para as mulheres é descrita através do gesto de benção e palavras representadas pela mão do anjo.
A asa que sobe indica o céu. O túmulo está vazio onde vemos a mortalha e o sudário. O anjo é uma figura jovem, possuindo um bastão simbolizando que vem de Deus e sua roupa branca representa a luz. Na sua veste distinguimos o cravo que é o símbolo de mensageiro e do poder dado por Deus.
Este ícone pertence à da escola de Novogorod, de 1475, exposto na galeria de Treyakov em Moscou.
Salientamos que neste ícone o anjo foi mudado e representado como num ícone do Monastério de Kirillov e o sudário foi representado como o de um ícone de Teofane em Creta.
O ícone é um serviço de origem monástica onde o primeiro voto é a obediência sendo esta o caminho para a espiritualidade.
O contraste de cor negro com vermelho da tumba e o branco do sudário significam o anuncio Pascal da tumba surge a luz da vida. A cor vermelha significa a cor da vida no caso surge a vida. A vitória do Senhor sobre a morte.

As mulheres foram às primeiras testemunhas da Ressureição de Cristo e por isto ganham o epítetos de “Apostolas dos Apóstolos” e “Mensageiras da Boa Nova”