ASCENSÃO DO
PROFETA ELIAS
IIREIS 2,11.
O nome Elias, significa “Yaveh é Deus” ou “Yaveh é meu Deus”, já
expressa seu caráter e sua função na história bíblica, trata-se do primaz dentro
no monoteísmo de Yaveh.
É aquele quem mantém a fé em Yaveh entre o povo e quem luta com vigor
pelos Seus direitos. Sua árdua luta contra o sincretismo religioso e deste
profeta que “parecia de fogo e cuja palavra era um forno acesso”, uma figura de
primeira linha na sucessão das Alianças. O Eclesiástico (48,1-11) canta suas
glórias e os livros de Reis nos contam sua vida de forma ampla, distinguindo-se
dois ciclos: “o ciclo do Elias (IReis. 17 – IIRs.1) , que se centra na
atividade do profeta, e o ciclo de Eliseu” (IIRs. 2-13) que começa o
arrebatamento de Elias, momento em que Elizeu o sucede. Chegando ao fim de sua
vida, Elias deixa Gálgala e seguido de Eliseu e de um grupo de profetas fazendo
paradas em Betel e Jericó, chega até o Jordão atravessando o rio a pé enxuto,
ao dividir as águas com seu manto. Apenas Eliseu, destinado a sucedê-lo é quem
o acompanha. O fim misterioso de Elias se descreve como um arrebatamento por um
carro de fogo (IIRs. 2-13). Desta descrição se originou a antiga crença
hebraica de que o profeta haveria de regressar antes do “Grande dia de Yaveh” o
da “parusia” do Messias, encontrando eco em Mc. 6,14-16; 9,11; Lc. 9,7.
O prudente parecer expressado por Flavio Josefo (Ant. IX, 2, 2: “Elias
desapareceu dentre os homens e, até o dia de hoje, nada se sabe sobre sua
morte) , e sobre tudo a atitude de Jesus relata os Evangelhos, nos leva a
considerar a descrição do arrebatamento de Elias como um caso de êxtase
profético de Eliseu para significar a especial assistência divina na morte do
profeta. Na realidade, o fim de Elias está descrito tal com apareceu aos olhos
de Eliseu IMac. 2, 58 que foi o único que presenciou.
O mesmo verbo lagah (=tomar), usado para indicar o arrebatamento de
Elias, expressa em outros lugares a intervenção de Deus na morte serena do
justo (Gen. 5, 24; Salmo 49, 16; Is.53,8.
Na transfiguração de Jesus no Tabor, Elias aparece junto a Moisés Mc.
9,2-8; Mt. 17,1-8; Lc. 9,28-36 também favorecido por uma teofania do Sinai.
Elias já esta unido a Moises na Antiga Aliança, da qual um é o legislador que a
pactua e o outro o profeta que a conserva intacta e pura. A presença de ambos
no Tabor vem a testemunho na antecipada exaltação de Jesus, que a nova Aliança
é o coroamento da Antiga.