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segunda-feira, 17 de outubro de 2011

ARTE SACRA E RELIGIOSA: EXISTE DIFERENÇA?



Toda verdadeira obra de arte fala de Deus. Não apenas pelo conteúdo, mas por acender em nós o desejo de uma beleza mais alta. Assim reflete D. Marcos Barbosa o.s.b., em seu artigo "A Arte Sacra", e continua citando Baudelaire: "a nossa natureza, exilada no imperfeito, desejaria apoderar-se imediatamente, na terra mesmo, do paraíso revelado".
Há obras de arte, porém, que expressam abertamente o tema divino; são chamadas de arte religiosa ou cristã. Dentro desta "categoria" é que se encontra a arte sacra.
Grandes artistas pintaram temas religiosos ao longo de suas vidas, como é o caso de Miguelangelo, Rouault, Caravaggio, entre tantos outros. Mas, perguntaríamos: o Cristo crucificado, de Salvador Dali, deveria ser colocado dentro de uma igreja? De modo nenhum. Aqui nos deparamos com a tênue linha que separa a arte religiosa da arte sacra.
A arte sacra não é somente uma obra de arte, e não ainda uma obra de arte cristã, mas uma obra de arte litúrgica! Aqui está o ponto central e decisivo para a escolha da iconografia, ou seja, das imagens e pinturas que compõem o espaço sagrado, a igreja. A arte sacra está voltada ao culto.
A igreja não é museu, nem depósito de imagens, mas um lugar vivo onde o Sagrado se manifesta, onde a comunidade se reúne para celebrar a presença de Deus em seu meio. A liturgia, centrada na Trindade, deve atrair os fiéis e envolvê-los nesta atmosfera de Jerusalém celeste. Daí a pergunta: as imagens, as pinturas, os painéis das igrejas contribuem para unificar a liturgia, para levar ao centro? Ou contribuem para a dispersão, para a distração dos fiéis?

É uma pergunta simples, mas que pode trazer luzes sobre como devemos compor nossos espaços sagrados. Pois podemos incorrer no erro de colocar obras de arte nas igrejas sem que estas sejam sacras; como também, no outro extremo, vemos muitas imagens em série dentro das igrejas que nem são consideradas como arte.

Todo o espaço sagrado deve contribuir para que Cristo seja evidenciado. Ele é a imagem visível do Deus invisível, como diz São Paulo. Que tudo seja por Cristo, com Cristo e em Cristo, como repetimos todos os domingos na liturgia eucarística.
Na verdade, tudo que compõe o espaço sagrado deveria apontar para esta única realidade: estamos reunidos em nome da Trindade. Assim, as músicas, as vestes, os gestos, as peças do altar, o incenso, as pessoas... tudo deveria convergir em Deus, sem dispersão. Não vivenciaríamos mais profundamente a liturgia?

Fernanda Oliveira da Costa - consagrada na CSV
Publicitária, pós-graduada em Liturgia e Arte Sacra

segunda-feira, 3 de outubro de 2011

CRUZ DE GIUNTA PISSANO



Giunta Pisano (ou Giunta da Pisa ou mesmo Giunta Capitini) foi um pintor italiano. É o pintor italiano mais antigo cujo nome aparece inscrito em uma obra de arte.
Trabalhou de 1202 a 1236. Pode ter estado em 1180 em Pisa e morreu talvez em 1236. Pintava em tecido colocado sobre madeira e preparado com emplastro. Seu trabalho mais antigo com uma inscrição sua é o Crucifixo na cozinha do convento de Santa Ana em Pisa. Acredita-se que também tenha trabalhado na igreja superior de Assis. Os afrescos no local são em estilo bizantino, provavelmente executados com a ajuda de artistas gregos.
Sua obra mais importante é o Crucifixo, de 1250, na abside esquerda da Basílica de São Domenico, em Bolonha, com a inscrição emLatim: Cuius docta manus me pixit Junta Pisanus (pintado pela mão de Giunta Pisano). http://pt.wikipedia.org/wiki/Giunta_Pisano.
Nas representações iconográficas bizantinas, o Crucificado nunca aparece com o mesmo realismo da carne enfraquecida, morta ou em agonia. Embora morto, Cristo não perdeu, nem minimamente, sua real e divina nobreza: João Crisóstomo escreveu a seu respeito:
Comtemplo-o crucificado e o chamo de Rei”.
Nos ícones bizantinos não se reproduz na cruz a inscrição que motivou  a condenação da forma como os evangelistas a registram: “O Rei dos Judeus”, a inscrição é: “O Rei da Glória.
Junto à cruz de Jesus, observamos sua Mãe compassiva que chora com profunda dor, mais do que ninguém, observamos quão grande é a sua constância e quão grande sua adesão ao Senhor.
A Igreja bizantina, dirigindo-se à Mãe dolorosa lhe dirige este cântico:
“Tu és, ó Mãe de Deus, o Paraíso espiritual, no qual, sem ter sido cultivado, germinou Cristo: através dele foi arvorada na terra a cruz vivificante”.
“Jesus disse a sua Mãe e perto dela o discípulo que amava, disse a sua Mãe: ‘Mulher, eis aí teu Filho’. Depois, disse ao discípulo: ‘Eis aí tua Mãe’.
A cruz é o símbolo da vitória e da salvação cósmica, pois que sua celebração é, ao mesmo tempo celebração do mistério pascal e veneração da relíquia do madeiro sagrado. Passarelli G. O ícone da Crucifixão ed. Ave Maria, Sp, 1996.

sábado, 1 de outubro de 2011

ARCANJO RAFAEL



ARCANJO RAFAEL: “MEDICINA DE DEUS”
A Bíblia cita o Arcanjo Rafael, no Antigo Testamento, no Livro de Tobias (presente somente no cânon Católico). No capítulo 5, versículo 4 (Tb 5,4) vê o início das aparições de Rafael ao jovem Tobias: "(…) Tendo saído, deparou-se-he o anjo Rafael, sem demonstrar, todavia, ser um anjo de Deus" Já no capítulo 6, versículo 3 (Tb 6,3), vê-se porque imagem esculpida pelos católicos mostra o arcanjo segurando um peixe. Eis que o grande peixe que tentou devorar Tobias e que o anjo lhe ordenou que o dominasse para tirar-lhe o fel, o qual, vemos (Tb 6,11) que é usado pelo arcanjo para curar o pai de Tobias devolvendo-lhe a visão.
Somente no capítulo 12 Rafael se dá a conhecer, se apresentando como anjo de Deus (Tb 12,15) "Eu sou Rafael, um dos sete santos anjos que assistem e têm acesso à majestade do Senhor".
Não é mencionado no Novo Testamento, mas a tradição o identifica como o anjo da ovelha em João 5,2. Rafael também é figura proeminente nos costumes do Judaísmo (ele é um dos três anjos que visitaram Abraão antes da destruição de Sodoma e Gomorra).
Sua festa é celebrada no dia 29 de setembro, junto com Gabriel e Miguel. http://pt.wikipedia.org/wiki/Rafael_(arcanjo).
ORAÇÃO
Glorioso Arcanjo São Rafael, que vos dignastes tomar a aparência de um simples viajante, para vos fazer o protetor do jovem Tobias; ensinai-nos a viver sobrenaturalmente, elevando sem cessar nossas almas, acima das coisas terrestres.
Vinde em nosso socorro no momento das tentações e ajudai-nos a afastar de nossas almas e de nossos trabalhos todas as influências do inferno.
Ensinai-nos a viver neste espírito de fé, que sabe reconhecer a misericórdia Divina em todas as provações, e as utilizar para a salvação de nossas almas.
Obtende-nos a graça que vos peço (faça o pedido), de inteira conformidade à vontade Divina, seja que ela nos conceda a cura dos nossos males, ou que recuse o que lhe pedimos.
São Rafael, guia protetor e companheiro de Tobias, dirigi-nos no caminho da salvação, preservai-nos de todo perigo e conduzi-nos ao Céu. Assim seja. (Rezar 1 Pai Nosso, uma Ave Maria e fazer o sinal da Cruz). (http://blog.cancaonova.com/fabioroniel/2007/10/10/sao-rafael-arcanjo/)

ARCANJO SÃO MIGUEL




“QUEM COMO DEUS?”
MIGUEL, O ARCANJO GUERREIRO.

A tradução literal para o nome Miguel é “Aquele/Quem como Deus”.
§  Mi = Aquele/Quem(?)
§  Ka = Como
§  El = Deus.

            São Miguel, como expressão da onipotência de Deus, teve um culto particular desde o começo da história do Cristianismo.
            As Escrituras referem-se nominalmente ao Arcanjo São Miguel em quatro passagens: duas delas na profecia de Daniel (cap. 10,13 e 21; e cap. 12,1); uma na Epístola de São Judas Tadeu cap. Único vers. 9 e, finalmente, no Apocalipse (12, 7-12).
            No livro de Daniel o Santo Arcanjo aparece como “um dos primeiros príncipes” e protetor de Israel. Nas Escrituras os Anjos são chamados com freqüência de príncipes.
            O culto a São Miguel Arcanjo vem dos primeiros tempos da Igreja. Em ícone Bizantino em uma de suas mãos observamos o globo da justiça e o cetro, como príncipe da Milícia celeste. (Solimeo P. M. O LIVRO DOS TRÊS ARCANJOS. Ed. Artpress- Sp. 1999).

ORAÇÃO

“São Miguel Arcanjo protegei-nos neste combate, cobri-nos com o vosso escudo contra as mentiras e ciladas do demônio. Ordene-lhe Deus, instantemente o pedimos e vós Príncipe da Milícia Celeste, pelo divino poder, precipitai no Inferno a satanás e a todos os espíritos malignos que andam no Mundo para perdição das almas”. Amém.